Este trabalho foi realizado pelos alunos da oitava série A - Ariane Stephani, Beatriz Ludim, Gabrielly Siqueira, Juliana Tiemi, Luiz Miguel, Sara Alves - período da manhã, a pedido da professora de língua portuguesa, Rita Laura.
Confira o vídeo da apresentação dos slides e o texto.
Os beija-flores ou colibris são
os menores pássaros do mundo. Ágeis e irrequietos em suas lindas e variadas
cores, encantam a todos aqueles que observam as admiráveis coreografias que
eles desenham no ar. Voando sem parar, em todas as direções, estão sempre à
procura do néctar de que se alimentam e para obtê-lo introduzem seu bico longo
e fino em cada flor que encontram.
A velocidade e a agilidade no vôo
são, sem dúvida, suas características mais marcantes. Como pequeninos mísseis
alados, cortam o ar em manobras inesperadas e parecem nada temer. Suas asas
invisíveis, de tão rápidas, permitem grandes façanhas, até mesmo enfrentar
pássaros cem vezes maiores. Por isso, são considerados campeões de vôo. Sua
plumagem colorida e brilhante dá a impressão de mudar de tonalidade a cada
instante, originando a grande variedade de denominações que recebem. Alguns
colibris são comparados a pedras preciosas, como rubi, safira ou esmeralda;
outros têm nomes de contos de fada; há ainda aqueles que lembram corpos celestes,
cometas ou raio de sol.
Para atrair os beija-flores e
garantir seu alimento, costuma-se colocar nos jardins bebedouros apropriados,
porque facilmente esses minúsculos pássaros se aproximam dos locais floridos,
sem temer a presença de estranhos: voam sobre a cabeça das pessoas e às vezes
pairam no ar como se as estivessem observando. Parecem mesmo gostar de exibir
sua agilidade e beleza.
Em geral, esses pássaros são
diminutos. O menor deles é o beija-flor-abelha, encontrado em Cuba. Mede cerca
de 5 centímetros de comprimento, sendo que a metade deste tamanho corresponde
ao bico e à cauda, e pesam em média 6 gramas. Existem também beija-flores
maiores, embora sejam exceção. O beija-flor-gigante, por exemplo, que vive na
América do Sul e
chega a medir 20 centímetros de comprimento.
Pertencentes a uma das maiores
famílias de pássaros, as inúmeras espécies de beija-flores apresentam uma
grande variedade de cores, tamanhos, tipos de plumagem e formatos de bico.
Existem beija-flores nas três Américas, tanto nas montanhas frias do Alasca
como na florestas tropicais do hemisfério sul.
Agitados, independentes e
espertos, esses graciosos bichinhos se aclimatam a qualquer temperatura ou tipo
de vegetação. E em todo o mundo, seja qual for sua espécie, o beija-flor é admirado
como o pássaro mais delicado e encantador.
O MINÚSCULO CORPO do beija-flor apresenta
aspectos bastantes originais. O desenho peculiar de suas asas, aliado aos
poderosos músculos que as movimentam, fazem dele um dos mais exímios voadores.
Em pleno ar, o beija-flor executa verdadeiros malabarismos, impossíveis a
qualquer outro pássaro.
As penas do beija-flor brilham
como diamantes e, com seus movimentos rápidos, parecem mudar de cor a cada
momento. Seu bico mais se assemelha a uma espada fina e comprida, e sua língua
é ainda duas vezes mais longa. Cada uma dessas características faz do
beija-flor um pássaro muito original.
As asas do beija-flor se
movimentam em todas as direções. Isso porque seus ossos são diferentes dos que
compõem as asas das outras aves. Estas têm ossos longos, enquanto que as asas
do beija-flor têm ossos curtos e flexíveis.
O esqueleto do beija-flor parece
um delicado brinquedo feito de palitos de fósforo, mas tem uma estrutura
surpreendentemente forte. O osso maior é o do peito, que sustenta os poderosos
músculos que impulsionam o vôo. Mais de um terço do PESO de um beija-flor corresponde aos músculos
peitorais, o maior conjunto de músculos que o pássaro possui e que é
responsável pela força de seu esplêndido vôo.
Para retirar o néctar do interior
das flores, o beija-flor usa seu longo bico e sua língua, cuja extremidade é
dividida em duas partes recobertas de minúsculos pêlos.
A GRANDE
VARIEDADE de
beija-flores constitui uma riqueza do mundo animal. Com cerca de trezentas
espécies, estes minúsculos animais formam uma das maiores famílias de pássaros
do mundo.
O beija-flor tem sua origem na
América do Sul, de onde se espalhou para o resto do continente. Pode ser
encontrado tanto nas florestas tropicais como nos desertos, montanhas e
planícies, adaptando-se a todo tipo de clima. Algumas espécies vivem nas
regiões frias do norte do Alasca, enquanto outras se dão bem nas condições
ambientais do extremo sul da América. Em qualquer recanto onde houver flores se
abrindo, aparecem essas pequeninas criaturas para visitá-las e retirar seu mel.
E como que para competir com a
imensa variedade de colorido das flores, os colibris apresentam plumagens com um
largo espectro de matizes, além de todo tipo de caudas e topetes.
SÃO GRANDES COMILÕES os beija-flores. Embora sejam muito pequenos,
eles gastam uma grande quantidade de energia porque estão sempre em movimento:
suas asas, por exemplo, são as mais rápidas, com cerca de setenta batidas por
segundo. Para repor essas forças, eles estão sempre sugando as flores.
O alimento em tal quantidade deve
ser digerido rapidamente, por isso sua DIETA consiste sobretudo de açúcar, que logo é
transformado em energia. Esse combustível é encontrado nas várias espécies de
flores.
As proteínas necessárias para
fortalecer seus músculos são fornecidas pelos insetos que os beija-flores
apanham. Assim, o total de alimentos que eles consomem é muito grande em
relação a seu peso e tamanho. Basta lembrar que, se um homem de 75 quilos
gastasse energia na mesma proporção, por exemplo, do
beija-flor-de-pescoço-vermelho (Archilocus colubris), teria de ingerir
diariamente cerca de 150 quilos de batata.
Para saciar seu grande apetite,
algumas espécies de beija-flores visitam por dia cerca de 1500 flores. Embora a
principal fonte de alimento desses pássaros sejam as flores, eles não dispensam
o açúcar encontrado nas frutas suculentas. Enquanto o beija-flor está ocupado
em obter o néctar, ele carrega o pólen de uma flor para outra, ajudando no
processo de fecundação das flores. Assim eles mantém uma simbiose com as
plantas.
NO VÔO nenhum outro pássaro se compara aos
beija-flores. Eles se lançam como uma flecha para a frente e para trás, para os
lados, para cima e para baixo; podem dar marcha a ré ou ficar parados no ar
batendo as asas com incrível rapidez. Nesse movimento elas ficam quase invisíveis,
mas chegando bem perto é possível ouvir seu zumbido. Em poucos segundos eles já
estão longe, sem que os olhos possam perceber.
Na época do acasalamento, os
colibris costumam fazer o vôo nupcial, cujo trajeto varia de acordo com a
espécie.
Para levantar vôo, o beija-flor
não precisa dar impulso com os pés, como os outros pássaros. Apenas bate as
asas, alcançando a velocidade máxima quase imediatamente.
A VIDA DO BEIJA-FLOR é muito agitada. Apesar do seu tamanho, ele
costuma gastar num só dia mais energia do que qualquer outro animal de sangue
quente. Grande parte do dia ele passa procurando flores para sugar seu néctar.
Mas o beija-flor também gasta seu
tempo em outras atividades, como tomar banho, por exemplo. Chapinhando em
alguma fonte ou corrente d'água, sempre encontra maneiras variadas e criativas
de tomar seu banho diário.
Muitos independentes, os
beija-flores costumam comer, banhar-se ou descansar sempre sozinhos. Juntos,
passam a maior parte do tempo brigando ou perseguindo um ao outro, a não ser na
época de acasalamento. Seu NAMORO é breve e com bonitos torneios de vôo.
AS FÊMEAS têm muito trabalho porque não contam com a
ajuda dos machos. São elas que constróem os ninhos, chocam os ovos e protegem
os filhotes.
Apesar de minúsculos, os ninhos
são muito bonitos. E, por incrível que pareça, esse pequeno e frágil abrigo
resiste ao vento, às chuvas e ao crescimento dos filhotes. Na verdade, os
beija-flores são hábeis construtores --além de interessantes, seus ninhos são
muito confortáveis. E para sorte das fêmeas, os filhotes crescem muito rápido.
Nascem menores que uma mamangaba, mas, deixam o ninho poucas semanas depois.
Depois de construir o ninho com
grama, folhas, flores, pétalas e musgo, o beija-flor fixa isso tudo com o fio
viscoso da teia de aranha, deixando o abrigo bastante firme. Geralmente, os
beija-flores botam apenas dois ovos. Seus ninhos não comportam mais, e a fêmea
não consegue alimentar mais que dois filhotes. Ao nascer, o beija-flor não tem
penas nem enxerga. A mãe alimenta os filhotes colocando em sua garganta o bico
cheio de néctar. Na maioria das vezes, os filhotes abrem os olhos com 3 ou 4
dias. Então, já observam ansiosos a mãe, que chega para alimentá-los. No
início, a fêmea protege seus filhotes com as asas, mantendo-os bem aquecidos.
Mas como são incrivelmente resistentes, depois da primeira semana já estão
prontos para se aquecer sozinhos no ninho aconchegante. Com duas semanas de
idade, a maioria dos beija-flores já tem os olhos brilhantes e atentos, e o
corpo coberto de penas. Às vezes, se levantam no ninho e batem as asas -
exercícios importantes para desenvolver os músculos. Com 3 ou 4 semanas, o
pequeno beija-flor já está pronto para deixar o ninho e começa a dominar o vôo
com rapidez e facilidade. Mas ainda tem dificuldade para se alimentar sozinho:
nesta fase de treinamento, coloca o bico em objetos coloridos julgando serem
flores.
O FUTURO dos beija-flores está
diretamente ligado à preservação da flora terrestre, sobretudo das árvores e
arbustos que têm florescência abundante. Facilmente adaptáveis a qualquer
ambiente, os beija-flores, na verdade, não exigem muito para sobreviver:
constróem seus ninhos em todo tipo de árvore e podem encontrar alimento nas
flores em geral, encontradas em diversos lugares, como jardins, hortas e
parques. Além disso, não temem as pessoas e vivem nas cidades sem dificuldade.
Mesmo assim, o crescimento
acelerado da população e a destruição de muitas espécies de plantas nativas
podem constituir um grave problema para esses pássaros: muitas vezes começam a
faltar-lhes locais apropriados para construir seus ninhos ou onde possam
encontrar alimento adequado.
É praticamente
impossível acreditar que alguém seja capaz de perseguir ou matar beija-flores.
Muitos, no entanto, fazem isso sem perceber, ao derrubar matas ou eliminar
famílias inteiras de plantas e flores. Tendo mais consciência da necessidade de
maior equilíbrio entre a vida das plantas, dos animais e dos homens, pode-se
evitar muitos danos à natureza, da qual dependemos e fazemos parte. Ao se
preservar as centenas de espécies de beija-flores conhecidas, estaremos, no
mínimo, assegurando uma vida mais colorida e alegre, e nosso mundo será melhor
e mais bonito.